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O que é a doença de Parkinson?

 

A Doença de Parkinson é um distúrbio neurológico progressivo, resultante da degeneração das células situadas em uma região do cérebro conhecida como substância negra. Estas células são responsáveis pela produção de dopamina, um neurotransmissor que, entre outras funções, controla os movimentos. É uma doença comum, acometendo 2 em cada 100 pessoas acima dos 65 anos.  

 

A causa exata do desgaste destas células do cérebro é desconhecida. A deficiência da dopamina provoca alterações funcionais em estruturas localizadas profundamente no cérebro, que estão envolvidas no controle dos movimentos, causando o aparecimento dos principais sinais e sintomas da doença, como:

 

  • Tremor, que afeta geralmente as mãos, podendo acometer as pernas e o queixo, principalmente quando a pessoa está em repouso;

  • Lentidão dos movimentos;

  • Rigidez muscula e a bradicinesia, que é a lentidão dos movimentos com dificuldade em realizá-los;

  • Desequilíbrio (instabilidade postural);

  • Alteração na fala e na escrita;

  • Perda de movimentos como piscar e expressões faciais;

 

Além destes outros sintomas também podem estar presentes:

 

  • Disfunções autonômicas (intestino preso, muito suor e pressão baixa);

  • Distúrbios afetivos (depressão);

  • Queixas sensoriais (dores pelo corpo, amortecimentos e formigamentos);

  • Insônia;

  • Cansaço

  • Perda de peso.

 

Lembrando que os sintomas podem variar de pessoa para pessoa.

 

 

Quem pode ser afetado pela doença de Parkinson?

A doença de Parkinson geralmente ocorre em pessoas mais idosas, podendo também manifestar-se em adultos e jovens, embora os casos sejam mais raros.

O início da ocorrência da Doença de Parkinson é geralmente, ao redor dos 50 ou 60 anos podendo qualquer pessoa, independente de raça, sexo, cor, ou classe social ser portadora da doença.

 

 

O que um portador da doença ou dos sintomas deve fazer?

 

Quem tem a doença de Parkinson e é morador de Santa Catarina ou de municípios próximos, e apresenta algum sintoma, deve procurar a APASC, ou uma Unidade Básica de Saúde da Prefeitura o mais rápido possível para avaliação e início do tratamento adequado. Não se auto-medique.

Os principais sintomas são:

 

  • Rigidez;

  • Tremor;

  • Alteração na postura;

  • Lentidão;

  • No início pode ocorrer perda de olfato.

 

 

Diagnóstico

 

Como não existem exames específicos para detectar a doença de Parkinson, o diagnóstico é feito com base no histórico médico do paciente, avaliação de sintomas, além de exames neurológicos e físicos.

 

Exames complementares:

 

  • Eletroencefalograma;

  • Tomografia computadorizada;

  •  Ressonância magnética;

  • Análise do líquido espinhal, entre outros.

 

Estes exames servem para a avaliação de outros diagnósticos diferencias, descartando outras condições que possam estar causando os sintomas. O diagnóstico da doença de Parkinson pode, às vezes, precisar de tempo para ser feito. É possível que o médico recomende consultas regulares com um neurologista para avaliar a condição e os sintomas do paciente durante um tempo para, só depois, fazer o diagnóstico. A DP é apenas uma das formas, embora a mais freqüente, de parkinsonismo. O termo parkinsonismo refere-se a um grupo de doenças que apresentam em comum os mesmos sintomas, associados ou não a outras manifestações neurológicas. Sendo assim, existem várias formas de Parkinsonimos que são importantes compreender para identificar a doença. São elas:

 

  • Parkinsonismo primário ou idiopático: é uma doença para a qual nenhuma causa conhecida foi identificada, sendo esta a forma mais comum.

  • Parkinsonismo secundário: decorrente do uso de drogas antidopaminérgicas, como a flunarizina cinarizina e outros.

 


Para o diagnóstico da Doença de Parkinson não é necessário que estejam presentes estes quatro elementos e sim dois deles, nem mesmo o tremor que é a manifestação que nos leva a pensar nesta doença. Quando a Síndrome Parkinsoniana tem resposta terapêutica no uso de Levodopa, grandes são as chances do paciente ser portador da doença de Parkinson.

 

 

Tratamento

 

Atualmente a doença não tem cura e o tratamento se baseia em melhorar a qualidade de vida. Os recursos utilizados são:

 

  • Medicamentos;

  • Cirurgia;

  • Tratamento através de terapias complementares como a fisioterapia, a fonoaudiologia, a psicologia, grupo de ajuda mútua, musicoterpia, dança, jogos(dominó, bocha) e passeios. A ação multidisciplinar destes profissionais contribui efetivamente para melhorias na qualidade de vida do Parkinsoniano.

 

Tratamento gratuito

 

O Ministério da Saúde, por meio de suas políticas de saúde, disponibiliza medicamentos para a doença de Parkinson no Sistema Único de Saúde (SUS). Estes medicamentos estão divididos em dois grupos. O primeiro grupo é de medicamentos disponibilizados pelas Farmácias de Alto Custo das Secretarias Estaduais de Saúde. São eles:

 

  • Amantadina 100mg

  • Bromocriptina 2,5mg e 5mg

  • Cabergolina 0,5mg

  • Entacapona 200mg

  • Pramipexol 0,125mg, 0,25mg e 1mg

  • Selegilina 5mg e 10mg

  • Tolcapona 100mg

 

O segundo grupo de medicamentos é disponibilizado em postos municipais de saúde. São eles:

 

  • Biperideno 2 mg

  • Biperideno 4 mg

  • Levodopa + benserazida 200/50 mg

  • Levodopa + benserazida 100/25 mg

  • Levodopa + carbidopa 250/25 mg

  • Levodopa + carbidopa 200/50 mg

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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